GeralInformação

Indicadores de Produção da Construção mantêm “Evolução Positiva”

29/09/2021 Por

Os principais indicadores de atividade na construção mantiveram uma “evolução positiva”, com o consumo de cimento a aumentar 8,3 por cento no segundo trimestre deste ano e a avaliação bancária da habitação a alcançar um novo máximo histórico em junho.

A edição de julho da “Análise de Conjuntura do Setor da Construção”, elaborada pelas associações dos Industriais da Construção Civil e Obras Públicas e de Empresas de Construção, Obras Públicas e Serviços, lembra que a avaliação bancária na habitação manteve a “trajetória de valorização”, com um aumento de 8,6 por cento face a igual mês do ano anterior, para 1.215 euros o metro quadrado, valor que corresponde a um novo máximo histórico.

Quanto ao consumo de cimento, os dados apontam para um crescimento de 8,3 por cento em junho, tendo o aumento sido de 10,5 por cento no final do ano passado, para 3.574,1 milhares de toneladas.

Nos primeiros cinco meses deste ano, a atividade da construção denotou um aumento da procura dirigida ao segmento da construção e reabilitação de edifícios, com as licenças de construção a apresentarem um crescimento de 18,7 por cento, em termos homólogos, em face de variações de 19,3 por cento nas construções novas e de 17,0 por cento nas obras de reabilitação licenciadas.

Já as licenças emitidas para construção de fogos em construções novas aumentaram 15,4 por cento para 11.800.

Até maio deste ano, a concessão de novo crédito à habitação pelas instituições financeiras atingiu um montante médio mensal de 1.177 milhões de euros, mais 30,5 por cento, face a igual período do ano anterior.

No segmento de engenharia civil, e relativamente ao primeiro semestre deste ano, o montante promovido de concursos de obras públicas totalizou cerca de 2.203 milhões de euros, o corresponde a uma queda de 17,7 por cento face aos 2.678 milhões promovidos em igual período do ano precedente.

Por outro lado, as empreitadas de obras públicas objeto de celebração de contrato e registo no Portal Base no primeiro semestre atingiram um volume de 1.867,4 milhões de euros, representando um acréscimo de 68,1 por cento em termos homólogos.

Reportando-se à atividade económica do país, a análise de conjuntura assinala a sua “recuperação significativa” no segundo trimestre deste ano, já que o Instituto Nacional de Estatística apurou um crescimento do Produto Interno Bruto de 15,5 por cento face ao trimestre homólogo.

No entanto, ressalva que apesar de se tratar da maior subida desde 1996, ano em que se iniciou a atual série, esta é “uma evolução que resulta, sobretudo, de um efeito base, uma vez que as restrições sobre a atividade económica provocadas pela pandemia fizeram-se sentir de forma mais intensa no segundo trimestre de 2020”, tendo-se registado uma queda homóloga trimestral de 16,4 por cento nesse período.

IN Construção Magazine
(para ver o artigo original, clique aqui)