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O aumento do desemprego, o reduzido apoio aos desempregados, o alastrar da pobreza, e a necessidade da retoma económica com segurança e sem medo

28/05/2020 Por

Utilizando os últimos dados oficiais disponibilizados pelo INE e pelo Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social (alguns referem-se ao período que vai até 20/5/2020) a evolução do desemprego registado nos Centros de Emprego e do desemprego real, do numero de desempregados subsidiados (em Março de 2020 apenas 35% do total de desempregados) e do valor do subsidio médio de desemprego pago pela Segurança Social (em abril de 2020, apenas 442€) mostra que a pobreza está a alastrar, e que se não se verificar a retoma da atividade económica, embora de uma forma segura, a situação será insustentável.

Ilude-se quem pensar que será a União Europeia que nos salvará. António Costa, já veio dizer que temos dois anos duros pela frente. Infelizmente a austeridade já começou a atingir centenas de milhares de trabalhadores que ou perderam o emprego, ou que foram inscritos em “lay-off”, muito deles perderam qualquer rendimento ou viram o seu rendimento brutalmente reduzido.

E o Estado, mesmo com insuficientes apoios que dá, suporta já uma despesa que será insustentável durante muito tempo, já que a queda significativa da atividade económica está a causar uma redução enorme das receitas de impostos, que é principal fonte de financiamento do Estado.

É preciso ter tudo isto presente quando se exige a manutenção do “lay-off” por muito mais tempo e o adiamento da retoma da atividade económica. Na economia não há nem milagres nem “almoços grátis”, são os portugueses que terão sempre de pagar.