O aumento do desemprego, o reduzido apoio aos desempregados, o alastrar da pobreza, e a necessidade da retoma económica com segurança e sem medo
Utilizando os últimos dados oficiais disponibilizados pelo INE e pelo Ministério do Trabalho, da Solidariedade e da Segurança Social (alguns referem-se ao período que vai até 20/5/2020) a evolução do desemprego registado nos Centros de Emprego e do desemprego real, do numero de desempregados subsidiados (em Março de 2020 apenas 35% do total de desempregados) e do valor do subsidio médio de desemprego pago pela Segurança Social (em abril de 2020, apenas 442€) mostra que a pobreza está a alastrar, e que se não se verificar a retoma da atividade económica, embora de uma forma segura, a situação será insustentável.
Ilude-se quem pensar que será a União Europeia que nos salvará. António Costa, já veio dizer que temos dois anos duros pela frente. Infelizmente a austeridade já começou a atingir centenas de milhares de trabalhadores que ou perderam o emprego, ou que foram inscritos em “lay-off”, muito deles perderam qualquer rendimento ou viram o seu rendimento brutalmente reduzido.
E o Estado, mesmo com insuficientes apoios que dá, suporta já uma despesa que será insustentável durante muito tempo, já que a queda significativa da atividade económica está a causar uma redução enorme das receitas de impostos, que é principal fonte de financiamento do Estado.
É preciso ter tudo isto presente quando se exige a manutenção do “lay-off” por muito mais tempo e o adiamento da retoma da atividade económica. Na economia não há nem milagres nem “almoços grátis”, são os portugueses que terão sempre de pagar.
Partilhar no Facebook Partilhar no Twitter Partilhar no Pinterest