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Cimeira Climática COP24

23/01/2019 Por

A esperança reside agora na sociedade civil porque os líderes falharam.

A cimeira climática COP24 acabou com sabor agridoce para todos os que esperavam que dali saíssem medidas de combate ambiciosas para limitar as mudanças climáticas. Houve pontos positivos, mas de um modo geral os líderes não fizeram grandes progressos no que toca ao empenho dos vários países em diminuir as emissões de CO2.

O que foi acordado, e o que ficou de fora das negociações no COP24?
A cimeira climática da ONU tinha como objetivo criar regras concretas para que o Acordo de Paris de 2015 passasse das intenções à prática. Na prática, os países acordaram nas regras sobre como medir, reportar e verificar os seus esforços no campo do corte das emissões, um elemento importante dado que isto irá garantir que todos se estão a esforçar para cortar nas emissões de CO2 segundo as mesmas regras.

Os líderes não chegaram, contudo, a acordo sobre como é que os países vão aumentar os seus esforços para diminuir as emissões e evitar o atual caminho do planeta para um aquecimento que rondará os 3ºC.

Esta valor é catastrófico, dado que significará tempestades mais violentas, uma grande subida nos níveis dos oceanos, secas mais severas, fogos mais violentos.

O que acontece a seguir?
Dada a incapacidade dos líderes, vários grupos da sociedade civil prometeram fazer aquilo que os governos não fazem. Várias associações e ONGs, incluindo a Quercus, criticaram os líderes por terem falhado em perceber a urgência de combater as mudanças climáticas. os problemas relacionados com o clima não são uma hipótese longínqua. Já estamos a sentir na pele os seus efeitos, que só tenderão a piorar, com as secas severas seguidas de violentos incêndios (como tem acontecido em Portugal e na Califórnia), furacões mais violentos, chuva intensa, etc.

May Boeve, da 350.org, grupo que luta pelo combate às mudanças climáticas disse: “Agora, e esperança está depositada nos ombros das muitas pessoas que estão a agir: as crianças inspiradoras que começaram greves sem precedentes à escola como forma de apoiar um futuro livre de combustíveis fósseis; as mais de mil instituições que se empenharam em tirar o seu dinheiro [de empresas que operem em] carvão, petróleo e gás, e as muitas comunidades por todo o mundo que continuam a resistir aos empreendimentos de combustíveis fósseis.”

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